A Atlantic Nickel é a única empresa no Brasil a produzir o níquel sulfetado, que atende à crescente demanda mundial por níquel classe I para produção de baterias dos veículos elétricos. Após passar por um processo de refino, o níquel sulfetado é um produto que está pronto para abastecer este mercado de veículos, que está em expansão.
Toda a produção do concentrado de níquel da planta de Itagibá, região sul da Bahia, é exportada para os mercados asiático e europeu, com predominância da China. Os embarques acontecem a partir do Porto de Ilhéus.
Com o novo Plano de Aproveitamento Econômico (PAE), recém-divulgado pela empresa, a previsão da Atlantic Nickel é dobrar a sua capacidade produtiva com o início da operação subterrânea, prevista para 2028, o que vai elevar o tempo de vida útil da mina de 8 para 34 anos. Cerca de US$ 355 milhões devem ser investidos nos primeiros cinco anos desta nova fase.
“A indústria da mineração é que vai viabilizar que todos nós tenhamos um futuro melhor. Viver em um mundo com menos emissões de gases de efeito estufa, em um mundo onde as coisas são mais eficientes. O níquel é um metal essencial para a indústria de baterias elétricas. O carro elétrico hoje é o que, obviamente, chama mais atenção pela utilização de baterias, mas tudo ao nosso redor tem bateria, e na Europa, na América do Norte, a gente também começa a ver uma tendência muito forte de eletrificação nas casas, nos lares. Não está muito longe o futuro onde a gente tenha na nossa casa uma célula de baterias e a gente não precise estar ligado em nenhum sistema convencional, onde a coisa vai ficar muito independente, onde a gente tenha o nosso sistema de baterias que seja alimentado por sol, seja alimentado por vento”, contextualiza o CEO da Appian Capital Brasil, Paulo Castellari.
Por que o níquel é um componente tão importante na produção das baterias?
Quanto maior a quantidade de níquel, maior a densidade de energia de uma bateria. Densidade de energia mais alta significa que a bateria pode armazenar mais energia, de acordo com o peso real dela. Veículos cuja bateria tem densidade de energia mais alta podem rodar mais quilômetros do que densidade de energia mais baixa.
Com a tecnologia atual, quanto maior o teor de níquel, maior a densidade de energia. É por isso que os fabricantes de automóveis estão migrando das baterias de níquel-manganês-cobalto (NMC) da proporção atual de 1: 1: 1 para 8: 1: 1.
O concentrado de níquel possui também em sua composição outros minerais, como cobre, cobalto, assim como alguns metais preciosos, como prata e ouro, o que aumenta o valor de comercialização.
Até outubro de 2020, foram seis embarques para exportação do concentrado de níquel aos mercados europeu e asiático – com destaque para a China – a partir do Porto de Ilhéus.